domingo, 13 de março de 2011

starry nights

Me pego olhando pro céu e indagando
quais serão as estrelas que brilharão no meu céu daqui alguns anos.

Às vezes parece tão fácil olhar pra cima, tirar uma fotografia mental de tudo como está e dizer:
é sempre assim.

Será que é?


Qual o limite de tempo que define o pra sempre?


Sei que os céus mudam.
O meu já mudou tantas vezes.
E dá sempre uma tristeza olhar pra cima, admirar cada estrela, uma a uma,
e depois lembrar que é possível que amanhã ela não esteja mais ali.
E que é muito provável que suma daqui alguns anos, caso amanhã ela ainda ali esteja.


Gosto de olhar pra cima e tirar minhas fotografias mentais.
De tanto tempo bom que ficou pra trás. De tanta coisa boa que já não existe mais.


Guardo comigo tantos e tantos retratos.
É verdade que alguns resolvi jogar fora.
Não deveria, mas joguei.


A cada vez que se olha o céu e se vê as estrelas exatamente da forma como a gente queria,
bate uma pré tristeza infinda.
Pois o fato é que vai mudar.
Vai mudar.


E mudanças podem ser necessárias.
Mas... deixa eu contemplar meu céu nesta noite,
assim, calada.
Admirada e com água no canto dos olhos.


Lágrimas de quem não quer perder a visão que tem.

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