sexta-feira, 17 de junho de 2011

O mundo real, as árvores e o céu.
O prédio e o concreto, as escadas e as paredes.
As pessoas. 

As folhas e as canetas.
O vento, e as folhas.
O ar. O invisível. 
O impalpável,
que é visivelmente presente.
O inegável.

A vontade. A indecisão.
A necessidade?
Tantas necessidades.
O precisar. E a imprecisão.

O teto. O muro.
O gato. O pulo.
A mala. O livro.
O copo de suco.

A música. A figura. 
Criatividade.
O branco. 
O carinho. A amizade. 

O ser.
O não ser.
O tudo e o nada.

Olhos abertos, pálpebras cerradas.
Boca seca.
Coração quente, mãos geladas.

Passo por passo.
Letra por letra.
Movimento. 

Pra que lado?

Onde estou?

Pensar nem sempre é uma opção.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

weak leak

Eu não mereço?
Medo da cortina que se abre.
Há a possibilidade de mudança.
Mas não, não sou assim!
Não aceito mudar.
Aceito sim.
Aceito?
Batalha interna.
Duas pessoas.
Opostas.
Alteração na correlação de forças.
A negativa já não vence.
A positiva ainda teme.
Tenho medo.
De não dar conta, e ter estado certa esse tempo todo
quando digo e repito que não presto.
Tenho medo de dar conta, e ter que inevitavelmente viver.
Tenho medo de crescer.
Tenho medo.
De estar fazendo cagada.
E se eu me perder?
E se eu nunca me achar?
E se isso for só uma desculpa
- mais uma! -
pra fugir da vida?
E se eu nunca mais voltar?
E se eu me perder?
Se eu não souber o que fazer?
E se eu continuar não sabendo de mim?
O que me garante que me encontrarei?
Quem disse que quero viver?
Isso é pro bem ou pro mal?
Quero viver ou morrer?
Quero agir ou camuflar?
Eu acredito ou não?
Eu quero ou não?
Vale a pena ou não?
O que será de mim?
O que virá?
O que deixarei pra trás?
O que vou escolher?
Em que tudo isso vai me mudar?
O que farei depois?
Estou me definindo?
Mas o intuito não era libertar?
É um processo ativo ou passivo?
Molde ou liberdade?
Eu vou dar conta?
Vou estar sozinha?
O que vai me ajudar?
O que vai me ajudar?
O que vai me amparar?
Pra onde posso correr?
O que farei com todas as horas?
O que elas farão de mim?
Como sairei disso tudo?
Eu vou sair disso?
Há esperanças?
Há futuro?
Devo tentar?
Ou devo fugir?
Devo ficar ou partir?
Pra onde correr?
O que carregar?
O que permitir?
Que palavras gritar?
Não quero correr.
Não quero ficar.
O que querer?
Depende de quem quer.
Tem duas de mim.
Tem duas de mim.
Quem sou eu?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Nada.

De tudo que vem
De tudo que chega
De tudo que vai
O que fica?

Dos dias, das horas,
de cada segundo, de cada palavra,
de cada risada, de casa desabafo,
o que resta?

Toda a relutância, toda a negação,
todo o esforço em dizer : não.
De tanta insistência, o não se foi.
E o que ficou?

Marés vem e vão.
Vem e vão.
Vem, mas também se vão.
Em vão.

De tudo que eu não quis querer,
de tudo que eu achei que podia ter.
De tudo que me ofereceu conforto,
o que ainda tenho o direito de desejar?

Não é questão de aprender;
não se controla o fluxo dos sentimentos.
Controle não existe; existe!
Não existe.
Existe sim!
Sei lá...

É tudo um grande arrependimento.
Pelo sim, e pelo não.
É tudo um grande sofrimento.

É como ir atender a campainha que toca incessantemente.
Ignorar, como?
Vencido pelo cansaço.
Abre-se a porta, e, cadê?
Nem o vento ousa dizer um uivo.

Não há palavras que consertem.
Não há palavras que respondam.

Só o vazio responde minhas perguntas.
O vazio dos dias  e o silêncio das horas.

E me respondem com uma pergunta retórica.
Simples, porém fatal.

Minha cara, ponha tudo na balança.
Tudo que veio, tudo que foi, tudo que machuca e que conforta.
E aí sim, após essas ponderações, nos diga
o que te sobra?

domingo, 5 de junho de 2011

Brain Damage

The lunatic is on the grass.
The lunatic is on the grass.
Remembering games and daisy chains and laughs.
Got to keep the loonies on the path.
The lunatic is in the hall.
The lunatics are in my hall.
The paper holds their folded faces to the floor
And every day the paper boy brings more.
And if the dam breaks open many years too soon
And if there is no room upon the hill
And if your head explodes with dark forebodings too
I'll see you on the dark side of the moon.
The lunatic is in my head.
The lunatic is in my head
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me 'till I'm sane.
You lock the door
And throw away the key
There's someone in my head but it's not me.
And if the cloud bursts, thunder in your ear
You shout and no one seems to hear.
And if the band you're in starts playing different tunes
I'll see you on the dark side of the moon.

"I can't think of anything to say except...
I think it's marvellous! HaHaHa!"