De tudo que vem
De tudo que chega
De tudo que vai
O que fica?
Dos dias, das horas,
de cada segundo, de cada palavra,
de cada risada, de casa desabafo,
o que resta?
Toda a relutância, toda a negação,
todo o esforço em dizer : não.
De tanta insistência, o não se foi.
E o que ficou?
Marés vem e vão.
Vem e vão.
Vem, mas também se vão.
Em vão.
De tudo que eu não quis querer,
de tudo que eu achei que podia ter.
De tudo que me ofereceu conforto,
o que ainda tenho o direito de desejar?
Não é questão de aprender;
não se controla o fluxo dos sentimentos.
Controle não existe; existe!
Não existe.
Existe sim!
Sei lá...
É tudo um grande arrependimento.
Pelo sim, e pelo não.
É tudo um grande sofrimento.
É como ir atender a campainha que toca incessantemente.
Ignorar, como?
Vencido pelo cansaço.
Abre-se a porta, e, cadê?
Nem o vento ousa dizer um uivo.
Não há palavras que consertem.
Não há palavras que respondam.
Só o vazio responde minhas perguntas.
O vazio dos dias e o silêncio das horas.
E me respondem com uma pergunta retórica.
Simples, porém fatal.
Minha cara, ponha tudo na balança.
Tudo que veio, tudo que foi, tudo que machuca e que conforta.
E aí sim, após essas ponderações, nos diga
o que te sobra?
"De tudo que eu não quis querer,
ResponderExcluirde tudo que eu achei que podia ter.
De tudo que me ofereceu conforto,
o que ainda tenho o direito de desejar?"
"Minha cara, ponha tudo na balança.
Tudo que veio, tudo que foi, tudo que machuca e que conforta.
E aí sim, após essas ponderações, nos diga
o que te sobra?"
o____O
Nada, nada, nada..... :(
=(
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