domingo, 1 de abril de 2012

Partido


Sentado, sigo esperando
Pelas horas que não passam
Pelo mundo que nunca muda
Por aqueles que nunca vem.

Espero que a esperança
Enfim deixe de ser fé
Pra se tornar realidade.
Essa vã esperança é o que ainda me mantém de pé.

Deito, sento, deito novamente... a espera nunca acaba.
Fico parada, esperando que algo aconteça
Que um vulto se mova, que uma voz me chame
Ou que pelo menos, então, anoiteça.

Que a noite, de criança, nada tem.
O escuro da noite me lembra
De tudo que eu não tenho
De tudo que nunca vem.

Contar estrelas, pra que?
Se conto sonhos, muitos tenho
Tantos que até me perco
Tantos sonhos tive

Já tive tanta coisa
Tudo que nunca existiu
Hoje já nem isso tenho mais.
Hoje nada tenho. Tudo partiu.

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